quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Voaaaando!

Eu tenho uma mania incrível de viajar nos pensamentos...
Sabe aquelas pessoas que com um ponto final consegue pensar em uma história inteira?

Pois bem, quem vos escreve é mestre em fazer isso.

Se alguém me fala de números, eu penso so significado místico deles.
Se vejo flores, penso como elas estão espalhadas no mundo e a sensação de cada um a vê-las;
Uma desconfiança?
Já é tudo pra chutar o balde.

Do nada, eu vejo tudo.
e no tudo consigo ver nada.

Deve ser por isso que eu acho estranho ler o Alberto Caeiro.
Como assim as coisas são só coisas?
Não.

Tudo que existe tem uma razão pra estar lá.
pode ter uma razão beeem disfarçada, mas tem.

2 comentários:

code disse...

podes não concordar e concordar.

segundo Fernando Pessoa não existem contradições (sendo ele próprio uma figura contraditória, ou talvez complementativa). As coisas são só coisas e porém podem não ser apenas isso.

Pessoa passa a maior parte do sentido do poema para a subjectividade do leitor.

Caeiro diz que pensar é uma doença, porém é extremamente pensativo.

Uma afirmação de Pessoa pode servir apenas para dar ênfase a um conflito de pensamentos.

Gostei de saber que também lê Pessoa e seus heterónimos, iguais por serem totalmente diferentes entre si (como não podia deixar de ser ;))

Abraço,
André.

code disse...

conheço pouquíssimo de literatura brasileira, apenas algumas obras de Jorge Amado.

Eu também prefiro mais o Fernando Pessoa ortónimo.
A forma como podemos explorar a nossa compreensão sobre nós próprios, sensações, pensamentos, emoções, reacções, sonhos... e o reflexo que isso terá no "mundo exterior" fascina-me muito.

Abraço,
André.